Meu nome: Lourenço Pereira de Aguiar, Membro e Presbítero
da Quarta Igreja Presbiteriana Independente de Machado (MG), membro dos
Gideões Internacionais no Brasil e Bacharel em Ciências Contábeis.
SOBRE A ESCRITURA SAGRADA:
Ainda que a luz da natureza e as obras da criação
e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e
o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não
são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade
necessário para a salvação; por isso foi o Senhor
servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar
à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação
e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento
e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia
de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever
toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado
aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.
Referências - Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2:
14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat.
4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.
A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual
deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer
homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é
o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra
de Deus.
Ref. II Tim. 3:16; I João 5:9, I Tess. 2:13.
Pelo testemunho da Igreja podemos ser movidos e incitados
a um alto e reverente apreço da Escritura Sagrada; a suprema excelência
do seu conteúdo, e eficácia da sua doutrina, a majestade
do seu estilo, a harmonia de todas as suas partes, o escopo do seu todo
(que é dar a Deus toda a glória), a plena revelação
que faz do único meio de salvar-se o homem, as suas muitas outras
excelências incomparáveis e completa perfeição,
são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser ela
a palavra de Deus; contudo, a nossa plena persuasão e certeza da
sua infalível verdade e divina autoridade provém da operação
interna do Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica
em nossos corações.
Ref. I Tim. 3:15; I João 2:20,27; João 16:13-14; I Cor.
2:10-12.
Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas
necessárias para a glória dele e para a salvação,
fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura
ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura
nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações
do Espírito, nem por tradições dos homens; reconhecemos,
entretanto, ser necessária a íntima iluminação
do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas
reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto
ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações
e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da
natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais
da palavra, que sempre devem ser observadas.
Ref. II Tim. 3:15-17; Gal. 1:8; II Tess. 2:2; João 6:45; I Cor.
2:9, 10, l2; I Cor. 11:13-14.
Na Escritura não são todas as coisas igualmente
claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas
que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação,
em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas
e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos,
no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente
compreensão delas.
Ref. II Pedro 3:16; Sal. 119:105, 130; Atos 17:11.
A regra infalível de interpretação
da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão
sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido
que não é múltiplo, mas único), esse texto
pode ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente.
Ref. At. 15: 15; João 5:46; II Ped. 1:20-21.
O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias
religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados
todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos
escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares,
o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode
ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura.
Ref. Mat. 22:29, 3 1; At. 28:25; Gal. 1: 10.