A língua grega restringia-se quase inteiramente à
Palestina, mas muito antes do tempo de Cristo existiram comunidades israelitas
em muitas regiões do mundo antigo. Devido às conquistas de Alexandre
e seus sucessores, grego havia se transformado na língua mais amplamente
utilizada. Portanto, no terceiro século A.C. as Escrituras Hebraicas
foram traduzidas para grego, para serem utilizadas naquelas comunidades. Esta
tradução grega é denominada "Septuaginta".
A Septuaginta contém sete livros que não fazem
parte da coleção hebraica; eles não estavam incluídos
quando o cânon do Antigo Testamento (ou lista oficial) foi estabelecido
por exegetas israelitas ao final do primeiro século D.C. A igreja primitiva
geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são
chamados "Apócrifos" ou "Deuterocanon", e encontram-se
presentes nas Bíblias de muitas igrejas.
Este Antigo Testamento em Grego foi utilizado em sinagogas de
todas as regiões do Mediterrâneo, e foi portanto de grande utilidade
para os primeiros discípulos de Jesus em seus esforços para ganhar
convertidos a Ele.
E como a língua grega era compreendida em todas aquelas
regiões, os escritores do Novo Testamento escreveram em grego.