Só mesmo depois de
ouvir por muito tempo a palavra e os decretos do Senhor é que Israel
se converteu. Só mesmo depois de convertido é que Israel
enxergou a justiça divina a ponto de declarar: “O Senhor
dos Exércitos fez conosco o que os nossos caminhos e práticas
mereciam, conforme prometeu”.
A partir da conversão,
Israel não se queixa mais da falta de chuva, da praga dos gafanhotos,
dos currais sem gado, da ferrugem e do mofo, das derrotas bélicas,
do cativeiro e do exílio obrigatório. Tudo isso era justo.
Tudo isso era conseqüência do seu pecado.
Muitos anos depois
de Zacarias, um dos ladrões crucificados ao lado de Jesus, proferiu
as mesmas palavras: “Nós [eu e o outro ladrão] estamos
recebendo o que os nossos atos merecem” (Lc 23.41). À semelhança
da passagem de Zacarias, esse condenado à morte só entendeu
assim depois de sua conversão.
O reconhecimento da
justiça divina é algo demorado, mas vale a pena!
Antes da tentação
de falar mal do Senhor, falarei mal de mim mesmo.