Livro de Eclesiastes
Nome: Emprestado da Septuaginta. Na Bíblia hebraica é chamado Kohelet. Embora o significado desta palavra seja incerto, tem sido traduzida em português como "pregador", ou alguém que dirige uma reunião.
Autor: Indeterminado, ainda que comumente se aceite que tenha sido Salomão, 1:1-2. Julgando pela história de sua vida encontrada na bíblia, muitas experiências relatadas ali parecem corresponder às que ele deve ter tido.
Texto Chave: 12:13.
Palavras Chave: Vaidade, e sob o sol. Cada uma destas expressões ocorre mais de vinte e cinco vezes.
Conteúdo:
O livro contém as reflexões e experiências de um filósofo cuja a mente estava em conflito sobre os problemas da vida.
Depois de falar das desilusões que havia tido, apresenta o enfoque do materialismo epicureu - que não há nada melhor que o gozo carnal dos prazeres da vida.
Á medida que esta idéia aparece repetidamente através do livro, é evidente que o escritor lutava com ela, enquanto que ao mesmo tempo expressava verdades profundas acerca do dever e das obrigações do homem para com Deus.
Finalmente, parece sair de suas especulações e dúvidas até alcançar a conclusão nobre de 12:13: "Teme a Deus", e guarda os seus mandamentos, pois isto é todo o dever do homem.
Sinopse:
Caps. 1-2.
- Introdução. Reflexões sobre a rotina monótona da vida, 1:1-11.
- A busca de satisfação e felicidade do homem natural.
- Não se encontra na aquisição de sabedoria, 1:12-18.
- Não se encontra no prazer mundano, 2:1-3.
- Não se encontra na arte ou na agricultura, 2:14-6.
- Não se encontra nas grandes possessões, 2:7-11.
- Conclusões.
- O sábio é superior ao insensato, 2:12-21.
- Do epicureu - não há nada melhor do que comer, beber e gozar a vida, 2:24-26.
Cap. 3: O ponto de vista do homem natural acerca da cansativa rotina da vida.
- Há um tempo para tudo, vv. 1-8.
- A conclusão do materialista, vv. 13-22.
Cap. 4: O estudo dos males socias afasta da fé, vv.1-15.
Conclusão: Tudo é sem sentido e inútil, v.16.
Cap. 5.
- Conselhos acerca dos deveres religiosos, vv.1-7.
- A insignificância das riquezas, vv.9-17.
- A conclusão é - comer, beber e gozar a vida, vv.18-20.
Cap. 6: A falta de sentido de uma vida longa, vv.3-12.
Cap. 7.
- Uma série de ditos sábios, vv. 1-24.
- Conclusões acerca da mulher má, vv. 25-28.
Cap. 8.
- Deveres civis, vv. 1-5.
- A incerteza da vida, vv. 6-8.
- A certeza do juízo divino, e as injustiças da vida, vv.10-14.
- A conclusão epicuréia, v.15.
- A obra de Deus e o homem, vv. 16-17.
Cap. 9.
- Coisas similares sucedem aos justos e aos maus; o túmulo é a meta da vida, o homem é uma criatura de circunstancias.
- Conclusão epicuréia: Comamos e bebamos porque amanhã morreremos, vv. 1-9.
- A sabedoria é preeminente, ainda que às vezes não seja apreciada, vv. 13-18.
Cap. 10: Vários ditos sábios, o contraste entre a sabedoria e a insensatez, etc.
Cap.11.
- Conselhos acerca da generosidade, vv. 1-6.
- Conselhos ao jovem, vv. 9-10.
Cap.12: Uma descrição poética da velhice, vv. 1-7. As últimas palavras do pregador e a conclusão final acerca do dever primordial do homem, vv. 8-14.